Além daquilo que se pode comprar

Depois de dias pensando em clicar em "DELETE", voltei atrás e achei que o Diario de uma Doll ainda poderia ser a válvula de escape sobre o que eu penso do mundo real, então aqui estamos mais uma vez. (risos)

Gente, por anos e anos e anos tenho babado em frente ao computador vendo miniaturas perfeitas, pessoas que tem coleções intermináveis de dolls carérrimas, cenários de Hollywood e a cada vez que passava por estas páginas me vinha a tristeza de na vida real não poder ter nem metade daquilo. Mas sabe quando você amadurece? Quando sente que isso já não é o mais importante. Lógico que uma doll com mais coisas chama mais atenção, é quase uma hipocrisia dizer que não, mas sem carisma nada perdura, a vida é assim, não é só ter, é SER ;) 

Prezo aquilo que é feito manualmente, que dá trabalho, que é posto carinho e dedicação; Estou em uma fase da vida em que vejo com muito mais grado aquilo que é simples e me toca a alma, do que aquela ostentação fabricada em plástico sem vida e vendida como padrão.

Minhas fotos raramente tem fundo, falta espaço, falta dinheiro à minha offa, mas isso me desanima? Claro, no começo até que sim, mas agora..... não, porque isso a força a procurar locais, cenários naturais, luz natural, coisas vivas, emoções de gente de verdade, acho que por isso temos uma ligação tão grande entre nós. 

Acho que no fundo no fundo nunca sairei da linha playline e das roupinhas Mattel básicas, porque a minha essência vem delas, mas a criatividade me leva além. As minhas fotos podem sempre ter como fundo a mesma parede roxa do quarto da offa, ou a janela que vira aeroporto, shopping, hotel internacional, palco de apresentações, ou até mesmo as plantas da mãe da offa que viram um jardim de inverno ou um corredor colegial, mas uma coisa eu sempre trarei: Um olhar e um sentimento diferente em cada uma dessas fotos que vocês virem por aí. 

Abraços e até a próxima página do diário.

Jack